A privatização da Copasa é
rejeitada pela maioria dos mineiros, segundo pesquisa da MDA e Associação
Mineira dos Municípios realizada entre os dias 23 e 27 de setembro de 2019. De
acordo com o levantamento, 45,9% da população são contra a privatização da
Copasa, 37,4% são a favor e 16,7% não sabem ou não responderam.
Entre as regiões que mais
rejeitam a privatização da Copasa estão Zona da Mata (58%), Central (52%),
Norte (47%) e Triângulo (44%). As regiões em que os favoráveis à privatização
superam os contrários são Noroeste (50%), Centro-Oeste (48%), Jequitinhonha
(45%), Sul de Minas (43%) e Rio Doce (38%). Há empate (43% contra e 43% a
favor) no Alto Paranaíba.
A pesquisa ouviu 1500
pessoas de 227 cidades, por telefone, e tem margem de erro de 2,5 pontos
percentuais.
Mulheres
são contra, homens são a favor
A maior parte da rejeição à
privatização vem das mulheres. Neste grupo, metade (49,7%) é contra a
privatização da Copasa, 28,9% são a favor e 21,4% não sabem ou não responderam.
Entre os homens, a maioria é a favor da privatização (46,6%) e 41,7% são contra
e 11,7% não sabem ou não responderam.
A posição contrária à
privatização vence em todas as faixas de escolaridade. A maior parte dos
contrários está entre as pessoas que têm ensino médio (47% contra e 38% a
favor). As pessoas com ensino superior (45% contrários) e fundamental (45%)
empatam. Entretanto, mais pessoas com ensino superior (44%) são favoráveis que
as de ensino fundamental (36%).
Mais
ricos querem privatização, mais pobres rejeitam
Entre as pessoas com renda
superior a cinco salários mínimos, 46% são favoráveis à privatização da Copasa,
41% são contra e 11% não sabem ou não responderam. A maioria das pessoas com
renda entre dois e cinco salários mínimos rejeita a privatização (45%), 39% são
favoráveis e 16% não sabem ou não responderam. O maior número de contrários à
privatização está entre os ganham menos de dois salários mínimos, grupo em que
os contrários são 47%, os favoráveis 34% e os que não sabem ou não responderam,
18%.
No corte por idade, há
rejeição à privatização em todas as faixas etárias, com destaque para os
indivíduos entre 25 e 34 anos, em que os contrários somam 48%. Entre 16 e 24
anos, 47% são contrários à privatização; entre 35 e 44 anos e mais de 59 anos a
rejeição chega a 46%.
Cemig
A pesquisa também levantou a
posição dos mineiros sobre a privatização da Cemig. A maioria da população é
contra a privatização da Cemig (47,7%), 36,2% são a favor e 16,1% não sabem ou não responderam. A
maior rejeição à privatização está na Zona da Mata (60%), seguida da região
Central (54%), Alto Paranaíba (51%) e Triângulo Mineiro (50%). As regiões em que os favoráveis à
privatização superam os contrários são Centro-Oeste (47%), Sul de Minas (42%) e
Rio Doce (37%).
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