Atualmente, a Susep controla e
fiscaliza o mercado de seguros, previdência complementar aberta, capitalização
e de resseguros e também dos corretores de seguros e de resseguros. A Previc
fiscaliza os fundos de pensão. A proposta é criar uma gigantesca agência
reguladora, já batizada de Autoridade de Seguros e Previdência
Complementar (ASP), que cubra todas essas
áreas.
As annuities — presentes nos Estados Unidos, na
Inglaterra e no Chile — são uma mistura de seguro e previdência privada em que a
pessoa entrega
à seguradora o dinheiro que poupou ao longo da vida em troca de uma renda vitalícia
ou por tempo determinado. Em tese, anualmente (daí o termo em inglês annuity), segurado
e seguradora renegociam a taxa de juros que vai remunerar o dinheiro
depositado.
No Brasil, a proposta deverá ser ainda mais ambiciosa.
Além de tentar atrair poupanças individuais, a ideia é criar regras que
permitam a transferência dos fundos de seguradoras e fundos de pensão para as
empresas de annuities, que ficaram responsáveis por garantir o pagamento dos
benefícios. Além disso, a nova agência reguladora abre espaço para a reapresentação da proposta de capitalização do Ministério da Economia.
Nos Estados Unidos, as
empresas de annuities movimentam mais de US$ 230 bilhões (R$ 940 bilhões com o
dólar a R$ 4,09) por ano. Segundo o site Relatório Reservado, grupos estrangeiros
como Munich Re, Swiss Re e outros fundos de securitização estariam interessados
em abocanhar este mercado.
Estudos de grandes seguradoras
internacionais indicam um mercado potencial de até US$ 50 bilhões (R$ 204 bilhões)
no Brasil. O valor pode estar subestimado, já que só os fundos de pensão
brasileiros têm um patrimônio de R$ 900 bilhões, o que representa 13,4% do PIB
nacional.
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