Terminado o ano de 2020, começam a ser realizadas as avaliações atuariais e de rentabilidade, o quadro abaixo traz uma pequena comparação dos planos desenhados na modalidade de Contribuição Definida (CD) administrados pela Fundação Libertas com o de outras entidades.
RENTABILIDADE DOS PLANOS DE CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA (CD) LIBERTAS – COMPARATIVO COM OUTROS PLANOS
PLANO |
MAR |
ABR |
MAI |
JUN |
JUL |
AGO |
SET |
OUT |
NOV |
DEZ |
RENT REAL |
RMA |
PP2 – PETROS (*) |
-11,0 |
3,3 |
2,3 |
3,09 |
3,69 |
-0,7 |
-1,3 |
0,4 |
5,40 |
4,17 |
5,87 |
10,05 |
VIVA FUTURO |
|
|
0,8 |
0,84 |
0,83 |
-0,09 |
-0,33 |
-0,27 |
1,29 |
0,92 |
4,58 |
2,90 |
VIVA EMPRESARIAL |
|
|
1,73 |
1,37 |
2,81 |
-0,94 |
-1,45 |
-0,40 |
3,00 |
2,93 |
2,68 |
9,86 |
FORUZ CONSERVADOR |
0,64 |
0,33 |
0,11 |
0,47 |
0,84 |
0,73 |
0,75 |
1,22 |
2,20 |
2,07 |
8,56 |
10,05 |
FORLUZ AGRESSIVO |
-14,09 |
3,90 |
3,25 |
4,11 |
4,26 |
-045 |
-1,44 |
0,42 |
5,77 |
2,93 |
6,02 |
10,05 |
FORLUZ VITALÍCIO (*) |
-2,94 |
1,19 |
0,86 |
1,20 |
1,59 |
0,52 |
0,08 |
0,93 |
2,39 |
2,18 |
8,91 |
10,05 |
PRODEMGEPREV |
-2,81 |
1,07 |
7,70 |
1,34 |
1,60 |
-0,22 |
-0,66 |
-0,07 |
2,31 |
- |
6,27 |
8,61 |
NOVO PLANO COPASA |
-2,75 |
1,10 |
1,69 |
1,32 |
1,57 |
-0,25 |
-0,63 |
-0,07 |
2,09 |
- |
6,07 |
8,61 |
CODEMGEPREV |
-2,79 |
0,83 |
1,75 |
1,26 |
1,53 |
-0,25 |
-0,69 |
-0,08 |
2,53 |
- |
5,73 |
8,61 |
COHABPREV |
-2,33 |
1,06 |
1,45 |
1,14 |
1,22 |
0,00 |
-0,49 |
-0,09 |
1,41 |
- |
5,04 |
8,61 |
CDPREV |
-3,10 |
1,09 |
1,86 |
1,40 |
1,66 |
-0,34 |
-0,71 |
-0,17 |
2,64 |
- |
6,68 |
8,61 |
* Planos de Contribuição Definida na fase de capitalização e com renda vitalícia na fase de recebimento dos benefícios.
Obs.: A tabela aparece cortada em alguns aparelhos de celular. Colocamos uma imagem da tabela no final do texto que pode ser baixada para melhor visualização.
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Os dados coletados estão no site da Fundação Libertas, disponíveis na área pública e trazem os resultados acumulados até novembro/20. Os demais planos em comparação já estão atualizados até dezembro.
Fica evidente que os planos não conseguiram atingir as metas atuariais, o que certamente, neste momento, impacta os benefícios atuais e futuros dos participantes. De forma geral, os planos administrados pela Libertas apresentaram rentabilidade variando de 58% a 77% das metas previstas, ou seja, não conseguiram atingir as metas definidas. O Plano VIVA FUTURO atingiu a meta, mesmo porque a meta do plano é a mais baixa dos planos analisados.
A amostra avaliada reflete o ocorrido durante o ano de 2020: volatilidade das carteiras de renda variável impactada pela oscilação da bolsa de valores e baixa rentabilidade de forma geral. Os números gerais do sistema deverão estar disponíveis a partir de abril, mas podemos apontar que a grande maioria dos planos de benefícios não atingiram as metas de rentabilidade, o que causa redução dos benefícios contratados em Contribuição Definida e eventuais déficits a serem equacionados pelos planos de benefícios.
Importante lembrar também que a diferença entre rentabilidades é decorrência da política de investimentos adotados em cada plano, bem como da alocação efetiva dos investimentos. De forma geral, os planos com perfil de investimentos mais conservador (mais investimentos em renda fixa, principalmente papéis do governo) tiveram um desempenho melhor, em decorrência da volatilidade da economia em 2020.
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Redução das metas é a solução?
Ao reduzir as metas de rentabilidade (taxa de juros), as entidades de previdências alegam fazer o ajuste necessário diante da queda das taxas pagas pelos papeis emitidos pelo Tesouro Nacional (renda fixa). De fato, a queda da taxa Selic é uma realidade, mas lembramos que a aplicação em renda fixa é apenas uma das modalidades de investimentos disponibilizados aos gestores dos fundos de pensão. A redução das metas de rentabilidade causa, de imediato, nos planos de Benefício Definido (BD), um aumento dos compromissos atuariais e geralmente leva a déficits a serem equacionados.
Nos planos de Contribuição Definida, cujo benefício é por tempo indeterminado atuarialmente calculado, como é o caso de alguns dos planos administrados pela Libertas, pode causar diminuição do valor dos benefícios.
Mas o mais grave é que a redução das metas de rentabilidade pode gerar acomodação dos gestores dos recursos, já que a expectativa de rentabilidade está menor. Isto é fatal para os participantes e impacta diretamente a rentabilidade dos planos CD com perda nos benefícios futuros e déficits nos planos de Benefícios Definidos.
É evidente que a conjuntura econômica é bastante desfavorável, mas é exatamente neste momento que os gestores devem mostrar a que vieram, procurando novas modalidades de investimentos, identificando os riscos que certamente deverão ser maiores, fortalecendo a governança das entidades e principalmente dialogando com os participantes de forma transparente.
Tão logo os balanços das entidades estejam disponíveis, divulgaremos novo texto analítico já com os dados consolidados e, desta vez, envolvendo também os planos de Benefícios Definidos.
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