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quarta-feira, 8 de julho de 2020

Libertas está planejando e realizando mudanças sem debater com participantes



Desde que tomou posse, a nova diretoria da Libertas tem planejado e realizado várias mudanças que afetam participantes sem que eles tenham a oportunidade de debater as melhores alternativas. O Coletivo De Olho Na Libertas tem tentado estabelecer o diálogo com solicitações de reuniões, mas tem sido ignorado pela diretoria da Fundação.


Contratação de consultorias

A diretoria da Fundação Libertas contratou diversas consultorias para promover mudanças nos planos. Duas, particularmente, chamam a atenção: uma consultoria para promover “uma nova estratégia previdenciária” e outra para mudança no estatuto.

A Libertas não diz que “nova estratégia previdenciária” é essa. Geralmente, isso implica em profundas alterações nos Planos de Benefícios, tais como fusão, extinção e migração de planos. Entretanto, como a Fundação se nega a fornecer essas informações ao Coletivo, não temos como saber exatamente que mudanças estão sendo planejadas e, por isso mesmo, todo cuidado é pouco.

Sobre a mudança no estatuto, vale lembrar que ele foi modificado há menos de dois anos, após amplo debate, envolvendo os sindicatos, associações e patrocinadoras.  Por que mudar o estatuto com tão pouco tempo de vigência? Existe uma orientação do CNPC para que até 2021 sejam revistas as regras de escolha dos dirigentes das entidades, ou seja, não há nenhuma urgência em fazê-lo agora e muito menos a necessidade de contratação de consultoria.  Além de gastar dinheiro com consultoria, não dizem que alterações são essas.

O planejamento estratégico que sempre foi feito de maneira ampla e transparente, desta vez está sendo feito sem a participação das entidades representativas dos trabalhadores. A diretoria contratou outra consultoria para elaborar e implementar o planejamento estratégico e, até agora, sem diálogo com os participantes e sem passar pelo Conselho Deliberativo.

Venda de Imóveis

A Fundação Libertas está procurando se desfazer da carteira de imóveis em 2020, mas não há transparência quanto às vendas. A venda de ativos pode ser um bom ou mau negócio para os participantes, dependendo das condições em que forem feitas. Só será considerado bom negócio se estiverem sendo vendidos acima do valor em que foram avaliados e os recursos apurados foram reinvestidos com rentabilidade prevista maior que a de hoje.

Fica o alerta que, neste momento, os recursos dos Planos estão bem desvalorizados, tendo em vista a crise econômica. Vender imóveis neste momento pode ser um péssimo negócio para o vendedor e um ótimo negócio para o comprador.


Empréstimos

O Coletivo De Olho Na Libertas já denunciou a mudança nas regras dos empréstimos (veja aqui) que, entre outras coisas, passou de 120 meses (10 anos) para 60 meses (5 anos). O Coletivo tem a convicção que as regras atuais de concessão de empréstimos não são prejudiciais à Fundação, segundo os dados do próprio balanço da entidade. Podemos afirmar que mudanças pontuais seriam suficientes para resolver os problemas de inadimplência, que são em sua imensa maioria originários de empregados que se desligaram das patrocinadoras e continuam vinculados aos Planos de Benefícios.

Não fomos ouvidos e a diretoria da Libertas pretende implantar, de cima para baixo e sem diálogo, as mudanças. Importante ressaltar que as atuais regras em vigor foram negociadas no âmbito do Conselho Deliberativo, que abriga representantes dos participantes

Suspensão das Contribuições da patrocinadora COPASA

Mais uma medida tomada pela Fundação que beneficia a patrocinadora, e prejudica os participantes, tomada no afogadilho e, no nosso entendimento, contrariando a legislação de previdência complementar. Sobre o tema, o Coletivo já se manifestou (veja aqui).
  
Demissões

A Libertas, desde a posse da nova diretoria, vem demitindo profissionais que estão há anos na Fundação Libertas e contratando outros. Ou seja, não é um corte de custos, como tem sido divulgado, mas uma substituição do quadro de empregados.  É quase uma mudança total, o que pode gerar uma perda de memória para a Fundação, já que todos os quadros que conhecem bem a Libertas estão sendo mandados embora.

Necessário informar que, logo após a posse, a atual diretoria reuniu os trabalhadores e afirmou que não faria nenhuma demissão. Essa promessa não foi cumprida. A Libertas também lançou um Plano de Demissão Voluntária nos mesmos moldes do que acontece também nas patrocinadoras, pressionando os empregados a aderirem.


Coletivo quer diálogo e transparência

Diante de tantas e tão profundas mudanças na condução da Fundação, é necessário perguntar: a que veio a atual diretoria? Em seus comunicados e na única vez em que se reuniu com o Coletivo, logo após tomar posse, a atual diretoria sempre se comprometeu a manter um alto nível de transparência, mas em seis meses, o que está se vendo é exatamente o contrário.

É sempre necessário lembrar aos Diretores indicados que a Fundação Libertas não pertence às patrocinadoras nem ao Governo do Estado, muito menos à diretoria. A Libertas é de todos os participantes e, até o momento, as medidas tomadas pela atual Diretoria vão no sentido de atender às demandas dos patrocinadores deixando de ouvir os participantes e suas entidades representativas.

Reiteramos que queremos dialogar com os membros da diretoria, que, segundo a legislação previdenciária em vigor são gestores de recursos de terceiros e a ele deve prestar contas por dever de fidúcia.

Novos diretores indicados pelas patrocinadoras tomaram posse em 2020


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